Árvores Plantadas

Conheça o projeto Árvores Plantadas, uma importante iniciativa do setor.

O QUE SÃO?

Árvores plantadas são talhões de árvores reflorestados por meio do plantio de mudas. No Brasil elas são de espécies exóticas (como eucaliptos, pinus e teca) ou nativas (como araucária e paricá).

São cultivadas atendendo a planos de manejo sustentável que tem como objetivo reduzir os impactos ambientais e promover o desenvolvimento econômico e social das comunidades vizinhas.

(Fonte: Ibá)

PRESERVAÇÃO

As árvores plantadas são uma matéria-prima renovável, reciclável e amigável ao meio ambiente, à biodiversidade e à vida humana. O Brasil possui 9 milhões de hectares plantados de eucalipto, pinus e demais espécies para a produção de painéis de madeira, pisos laminados, celulose, papel, produção energética e biomassa. Essa área corresponde a 1% do território nacional. O setor brasileiro de árvores plantadas é responsável por 91% de toda a madeira produzida para fins industriais no país.

Plantadas para evitar a pressão e degradação de ecossistemas naturais, as florestas energéticas contribuem para o fornecimento de biomassa florestal, lenha e carvão de origem vegetal.

Além das funções produtivas, os plantios de árvores desempenham importante papel na prestação de serviços ambientais: evitam o desmatamento de hábitats naturais, protegendo assim a biodiversidade; preservam o solo e as nascentes de rios; recuperam áreas degradadas; são fontes de energia renovável e contribuem para a redução das emissões de Gases causadores do Efeito Estufa por serem estoques naturais de carbono.

Os cultivos para fins industriais são realizados de acordo com princípios de manejo florestal sustentável que visam a reduzir os impactos ambientais e promover o desenvolvimento econômico e social das comunidades do entorno dos plantios e das fábricas.

(Fonte: Ibá)

CERTIFICAÇÃO

As empresas da indústria de árvores têm as certificações como ferramenta que visa garantir aos clientes e consumidores as boas práticas de manejo florestal e a origem sustentável de seus produtos. Existem vários selos e sistemas de certificação que atestam desde a qualidade dos produtos ao seu cumprimento com os aspectos sociais e ambientais da produção de base florestal.

As certificações apresentam diversas políticas e padrões para que a gestão dos recursos naturais desde a floresta até o produto final gere o menor impacto possível e maximize os benefícios socioambientais da produção. Elas garantem a melhoria contínua dos processos produtivos, eficiência nas atividades florestais e industriais, reduzindo perdas e impactos potenciais.

Mecanismos de mercado que garantem a diferenciação das empresas e produtos, as certificações inicialmente foram aplicadas como forma de fortalecimento da imagem corporativa e marketing. Hoje se tornaram intrínsecas à estratégia operacional das empresas, inseridas em toda a cadeia produtiva.

Como funcionam?

A obtenção da certificação se dá por meio de processos de auditoria independente e externa, feitos por órgãos certificadores que avaliam desde os métodos de produção de muda, plantio e colheita, até a indústria, passando por avaliações relacionadas aos impactos ao meio ambiente e às comunidades do entorno, segurança e saúde dos trabalhadores e a conformidade com a legislação municipal, estadual e federal.

As certificações florestais de maior reconhecimento são o Forest Stewardship Council (FSC) e o Programa Nacional de Certificação Florestal (Cerflor), endossado pelo sistema internacional Programme for the Endorsement of Forest Certification Systems (PEFC). Do total de hectares de árvores plantadas no Brasil, 63% são certificados por essas entidades.

A Ibá (da mesma forma a ABAF) integra o FSC Internacional e o Cerflor, sistema endossado pelo PEFC no Brasil. Dessa forma, participa ativamente da construção da agenda de certificação florestal nacional e mundial por meio do engajamento nas principais plataformas de decisão desses sistemas.

Para a Ibá (e para a ABAF), a certificação florestal é ferramenta para a gestão florestal ambientalmente responsável, social e economicamente viável, no presente e para as gerações futuras. Temas fundamentais de discussão com os sistemas de certificação são a gestão do uso de químicos para o controle de pragas e doenças, a biotecnologia arbórea, a discussão de escala dos plantios, o papel das plantações certificadas no suprimento da demanda por fibras, madeira e energia, entre outros. Além de participar dos processos decisórios dos sistemas FSC e PEFC, a Ibá atua na difusão contínua das boas práticas de manejo florestal e dos benefícios socioeconômicos alcançados com a certificação, para públicos nacionais e internacionais.

SILVICULTURA
Podemos considerar que a Silvicultura é a ciência dedicada ao estudo dos métodos naturais e artificiais para melhorar e regenerar os povoamentos florestais e satisfazer as necessidades do mercado, da ecologia, ciência, economia e sociedade. Para obter o sucesso de um projeto de Silvicultura alguns fatores como um planejamento adequado, o estudo do clima e do solo, a determinação da espécie e a definição do material genético, que serão utilizados, controle de pragas e a colheita planejada, têm que ser levados em consideração. Este processo é importante, pois auxilia na recuperação das florestas através do plantio de mudas, ampliando o crescimento dos biomas e dos recursos hídricos e da manutenção da biodiversidade. (Fonte: Ibá)

PARCERIAS FLORESTAIS

Os plantios são realizados pelas empresas do setor e por meio de importantes programas de fomento, que geram valor social em regiões brasileiras distantes dos grandes centros, valorizam pequenos produtores e ajudam a reduzir a pressão sobre florestas nativas e recuperar solos degradados.

Por meio desses programas, as empresas estabelecem parcerias de longo prazo com pequenos produtores, o que permite que eles participem da sua cadeia produtiva, fornecendo madeira de árvores plantadas em suas propriedades e, muitas vezes, desenvolvendo outras atividades agrossilvipastoris, que reforçam a renda familiar.

Ao fixar milhares de pessoas no campo, os programas de fomento também diversificam atividades locais, geram emprego e renda e contribuem no desenvolvimento das comunidades nas quais os plantios e as unidades industriais estão inseridos.

As empresas da cadeia produtiva das árvores plantadas investem em diversos programas de saúde, educação, cultura e qualidade de vida que beneficiam cerca de dois milhões de pessoas, tornando o setor um importante agente do desenvolvimento econômico e social do país.

(Fonte: Ibá)

O SETOR

A indústria de base florestal usa a madeira como matéria-prima. A partir da silvicultura, assegura-se uma produção mínima igual ao volume consumido pelos nossos associados. Grandes são os avanços do setor florestal, com os quais a Bahia tem se destacado como grande polo florestal, por suas excelentes condições de clima e solo – que colocam o Estado em uma posição de destaque ante o mercado internacional –, preocupação ambiental e disposição econômica para atrair grandes negócios e proporcionar geração de emprego e renda.

A Bahia destaca-se pela produção de celulose, celulose solúvel, papel, ferro liga, madeira tratada, carvão vegetal e lenha para o processamento de grãos. O relatório Bahia Florestal apresenta a produção e o consumo dos principais produtos de base florestal da Bahia, bem como sua participação no mercado brasileiro. O saldo entre produção e consumo indica que para alguns produtos, a exemplo do papel, móveis, peças e partes de madeira e painéis, existem oportunidades de investimento na Bahia, já que parte do consumo é suprido por empresas de fora do estado.

*Confira outros dados que demonstram a importância econômica, social e ambiental do setor na Bahia no Bahia Florestal (atualizado a cada dois anos e disponível em “Biblioteca – Publicações” neste site).

Você sabia ? Que o eucalipto é cercado de mitos.
MITOS SOBRE O EUCALIPTO
Os mitos e as verdades sobre o eucalipto começaram a aparecer nas décadas de 60 e 70 do século passado quando os reflorestamentos não apresentaram os resultados esperados quanto à produtividade. O insucesso se deveu a muitos fatores, entre eles a falta de pesquisa científica sobre produtividade, planejamento inadequado do uso da terra sendo plantado em terrenos rochosos e úmidos, escolha inadequadas das espécies a serem plantadas para cada região do país, uso de técnicas inadequadas de implantação e uso de fertilizantes e falhas na política, na legislação e na fiscalização. Somando tudo isso à falta de informações e a pouca divulgação dos órgãos de imprensa incentivou o aparecimento dos mitos e mentiras sobre o eucalipto. A primeira dela e mais divulgada é de que o eucalipto seca o solo. Esta afirmação é falsa. Ele retém menos água que as matas nativas que tem as copas maiores, permite que a água chegue ao solo mais rapidamente por ter menos folhagem, que também diminui a evaporação pra atmosfera; tem capacidade de absorver mais água na época das chuvas e menos na época da seca; suas raízes não ultrapassam dois metros e meio, portanto não chegam aos lençóis freáticos e consome bem menos água que uma plantação de cana-de-açúcar, de café, de soja, de arroz até da carne de frango e da carne de boi. Estudos recentes revelam que o eucalipto é muito eficiente no aproveitamento da água. Enquanto um litro produz 2,9 gramas de madeira, a mesma quantidade de água produz apenas 1,8 gramas de açúcar, 0,9 gramas de grãos de trigo e 0,5 gramas de grãos de feijão. A afirmação de que o eucalipto empobrece o solo também é falsa, pois quase tudo que ele retira ele devolve. Após a colheita, cascas, folhas e galhos que possuem 70 por cento de nutrientes da árvore, permanecem no local e incorporam-se ao solo como matéria orgânica, além de contribuir para o controle da erosão. Também é comum ouvirmos que o eucalipto gera um deserto verde. Afirmação também falsa. Por ter de deixar parte da área da propriedade para reserva legal e área de proteção permanente, o eucalipto e os sub-bosques formam um corredor para áreas de preservação e criam um habitat para a fauna, oferecendo condições de abrigo, de alimentação e mesmo de reprodução como demonstram estudos feitos pela Klabin e Aracruz. Outra afirmação falsa é de que o eucalipto gera poucos benefícios sociais e econômicos nos municípios. Quando manejados de forma adequada gera tanto benefícios como outro empreendimento rural, a começar pelo grande número de empregos diretos e indiretos que gera tanto nos viveiros como na implantação e manutenção das florestas. Além disso, gera recolhimento de impostos, investimentos em infraestrutura, consumo de bens de produção local, fomento a diversos tipos de novos negócios e iniciativas na área social como a construção de casas, postos de saúde e escolas. Somado a todas estas informações é bom sempre lembrar que um hectare de eucalipto consome 100 toneladas de carbono da atmosfera por ano, contribuindo para a diminuição da poluição, o aquecimento global e combatendo o efeito estufa. Em resumo, mais do que ser um negócio rentável e produtivo, as plantações de eucalipto têm cumprido seu papel fundamental de reduzir a pressão sobre as matas nativas, ainda muito usadas no consumo de carvão vegetal, móveis e madeira sólida.